quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ÊTA MUNDÃO D´AGUA!

Foto: Luisa Galvão

FIM DE SEMANA SEM GRANA

Aproveitar um dia de sol... ou de frio, com ou sem chuva...
Disponibilizar coração, sentidos e músculos para conhecer a natureza...
E mergulhar, devagarinho, em cada cantinho que puder entrar!

Um sábado, um domingo, um feriado qualquer...
Alguns bons amigos, frutas doces e suculentas,
Sorriso nos lábios e o canto dos pássaros vai me receber!

Sempre vejo muitos bichos.
Lindos exemplares do equilíbrio natural da vida.
Água é sempre fundamental...
Como é imprescindível um tempo de silêncio para adoração e agradecimento.

Tenho vivido assim...
Simplicidade e leveza...
Conversas boas e admiração por cada coisa vista, cada passo dado, cada som que me envolve num ritual de troca de presença...
Eu admiro, contemplo e absorvo...
Recebo a natureza toda que se mostra em quadros de excepcional beleza e brilho.


Nadar no rio...
Lavar-me na cachoeira,
Refrescar-me dentro das pequenas florestas e matinhas serenadas pela água ao redor!
Escorregar pelas raízes que fazem degraus e que me levam aos recantos mais lindos!
Tomar sol e respirar o ar puro... ou molhar-me na chuva pra lavar a alma.

Aqui e ali,
Lá e acolá...
qualquer lugar no mundo...
Onde quer que eu vá,
O amor pela natureza me guia, me completa e me inspira!

ACHADO

Texto e foto: Luisa Galvão

Depois de tragar meu primeiro cigarro,
Pensando em você tranquei-me em meu quarto.
Deitei na cama de corpo suado,
Mergulhei o pensamento em prato e,
Embora os músculos paralisados,
Descobri no meu peito o que havia de errado.

Era sim, o compasso do coração!
Sentimento muito solto gerou tal vibração,
Que mesmo estando inerte,
minha alma concentrava a ternura e a paixão.

Pouco depois,
Encabulada ao olhar-me no espelho,
Olhos vermelhos, rosto molhado...
Sufocado o despeito da perda, saí de casa revidada.

Passei pelas ruas sozinha, mas não deserta.
Na certa se me visse,
Diria que eu procurava alguém, mas
Nada estava mais perto que meu achado.

Desmanchei-me em chamas... olhos abertos,
Sorriso nos lábios
Quando olhei para o céu e só a lua
Participando de minha loucura,
Caminhava comigo clareando ruas escuras
E me trazendo de volta o que foi minha e sua:
A razão de viver!