sábado, 17 de outubro de 2009

QUISERA EU

Texto e foto: Luisa Galvão



Quisera eu, que tu me tivesses compreendido!

Não entendo como ages por instinto,

Uma vez que o que sentimos é tão de espírito.

E por mais que me fosse possível

Fazer-me tua amiga, mais te era inadmissível

Aceitar-me somente como isso.



Quisera eu, contar contigo!

Mas todos os meu poros respiravam um ar limpo,

E tu os entupiras com sorrisos cínicos,

Tentando fazer-me a ti submissa.

Que poderia eu fazer contigo?



Quisera eu, livrar-te de conflitos!

Mas tu, teu orgulho inacessível...

Entornartes toda sorte em fracos ninhos,

Demonstrastes o teu amor em maus carinhos,

E jogastes fora o que de lindo

Aprendestes com os livros.



Quisera eu, abafar meu grito!

Mas meu instinto de, vitoriosamente,

conceder-me instantes para glorificar aos céus

foi tão forte que eu expulsara os véus,

e abrira meu peito livremente!

Em saber que minha mente sã

equilibrara o meu destino.

E somente tu,

Que desprezaras o teu maldito ser, caíras em contradição com teu saber,

descobriras teu mundo em labirinto,

e agora, tenho comigo todo o prazer.

Tu fortificaras meu ser.

Quisera eu, agradecer-te por tudo isso!

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